Estilo acima da moda?

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(A beleza da moda está para aqueles que se permitem errar)

       Aos poucos tenho descoberto que o início dos vinte anos é uma fase de auto descoberta. Claro, com quase vinte três anos na cara, na posso afirmar que já possuo uma lista extensa de experiências para compartilhar, mas consigo afirmar, com quase cem por cento de certeza, que algumas coisas estão começando a ficar óbvias.
            Em primeiro lugar, esqueci de tentar planejar o futuro, calculando meticulosamente cada passo que irei tomar nos muitos anos que tenho a frente.
            A vida não é assim. Aprendi que preciso dançar de acordo com a música que é tocada, tenteando me adaptar aos novos ritmos; mesmo que muitos deles não sejam o meu estilo. Por mais que seria ótimo ter pelo menos uma ideia do que me espera á frente, prevenindo desilusões e arrependimentos; isso está muito longe de acontecer (a não ser que você possua uma bola de cristal). Entretanto, será que a vida seria tão empolgante se ela fosse toda já traçada, tendo cada momento seu já escrito? Comecei a perceber que, por mais que eu sofra certas desilusões pelo caminho (muito causada pela meu extremo auto nível de expectativa- damm you!), eu quero não saber o que me veem pela frente e me surpreender com o rumo que eu decidi tomar. Eu quero ter as rédeas na minha vida, e não desejo que ninguém interfira nele, nem a própria vida, por assim dizer.
            Em segundo, e talvez um tanto que meloso, siga o seu coração, e apenas ele.


(Heart > Society)

            Desde o estourou das redes sociais como Facebook e Instagram, muitas pessoas tem tido a ideia que podem se apropriar da vida dos outros como se fossem suas, querendo ditar o que todo mundo precisa fazer e dizer nas mais diferentes situações do cotidiano. Outra coisa, e talvez a que mais tem me incomodado: querem fazer da moda uma ditadura.
            Um palavra que está e sempre estará conectada com a moda é tendência. A moda nos apresenta constantemente novas tendências que aparecem em pequenos grupos como uma forma de originalidade, mas se tornam populares fora do seu circulo, atraindo as massa, e, dessa forma, virando tendência. O que muitos não parecem perceber é que no mundo da moda existem diversas tendências porque elas atraíram pessoas de culturas, gostos e personalidades diferentes.
            A moda não quer nos obrigar a ser iguais aos outros, ao contrário, ela quer nos estimular a ser diferentes e não ter medo de mostrar as nossas verdadeiras “cores”. As tendências acontecem porque existem muitos indivíduos no mundo que compartilham do mesmo gosto, mas isso na significa que são totalmente iguais.  Entretanto, o mundo online parece pensar diferente.  A ideia que se faz é que todos precisam seguir um mesmo estilo dos pés a cabeça.
            Com toda essa batalha entre moda e estilo, eu me peguei muitas vezes me perguntado: se eu prezo mais pelo meu estilo pessoal, é o mesmo que afirmar que estou fora de moda?


(Instagram feelings)


            Parece meio bobo ou até frívolo da minha parte, mas em algum lugar na minha mente coração, ainda há aquele sentimento (que talvez muitos tenham) de pertencimento a um grupo ou até ao mundo (como sou melodramática). No final, percebo que tenho que fazer o que eu acho que é o melhor para mim e me deixa mais feliz. Na realidade, não existe perfeição na moda, muito menos a noção de que há algo certo ou errado. A moda é sobre nos divertir com nós mesmo, usar aquilo que me agrada. O universo fashion não é uma ditadura como o Instragram parece me mostrar, mas sim uma democracia onde todos tem direitos iguais e não deveria haver julgamento (sim, estou me referindo a você E! Network e Kanye West). E como diria a diva eterna Coco Chanel “Para ser insubstituível, o indivíduo precisa ser sempre diferente” (In order to be irreplaceable, one must always be different).


(Be corageous)


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