Designer Profile: DIANE VON FUSTENBERG e o WRAP DRESS

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Uma das cidades que visitei durante a minha viagem de quase um mês na Califórnia foi Los Angeles. Era a minha segunda vez na cidade, embora eu sentisse como se fosse a primeira vez, Por mais que Los Angeles seja linda e tenha todo um ar de glamour e mistério ao redor da cidade, tudo é muito longe. É preciso pegar a freeway ou a highway toda hora para ir para diferentes bairros, o que torna o passeio um pouco mais cansativo. Não é preciso nem dizer que alugar um carro lá é algo que mais necessário. Sem carro nessa cidade não dá para ser feliz. Por isso que fiquei tão entusiasmada que ficaria uma semana na cidade dos anjos. Teria a oportunidade de explorar bastante e absorver tudo com calma.


(Los Angeles e suas palmeiras <3)

Pensei muito em fazer passeios que fosse divertidos e que valessem cada viagem nas freeways haha. Havia apenas uma coisa que eu não me perdoaria em deixar de ver, que era a exposição Jorney of a Dress- DVF (Diane von Fustenberg).
A exposição, que está acontecendo no LACMA (Los Angeles Contry Museum of Art), é uma homenagem a Diane e uma celebração as 40 anos de existência do vestido icônico wrap, criado pela estilista belga em 1974.


(Diane em seu escritório em NY nos anos 1970)


(A exposição Jorney of a Dress no LACMA. Cada detalhe foi muito bem pensado, pensando em Diane.)

Para quem não sabe, o wrap dress marcou as gerações do anos 1970 e 1980, iniciando inconscientemente uma revolução feminina na sociedade. As mulheres, durante esse período estavam conquistando cargos importantes no mercado de trabalho, trabalhando lado a lado com os homens. Os ternos usado pelas mulheres camuflavam a sua feminilidade e dava a impressão aos homens de negócios que estavam lidando com um de seus iguais. O vestido de Diane veio para mudar isso.
Nascida como Diane Simone Michelle Hafin, Diane era de classe média alta. Aos 18 anos de idade  casou-se com o príncipe Egon von Fustenberg, herdando, dessa forma o seu sobrenome (antes de separa-se de Egon, atendia por Diane, princesa von Fustenberg), o qual usa até os dias atuais e é claro, para assinar a sua marca.
Após o seu divórcio, a estilista mudou-se para nova York em 1972 para recomeçar sua vida. Segundo Diane, chegou na Big Apple com suas malas lotadas de vestidos jersey (ok, 12 vestidos), todos feitos  na fábrica de seu patrão Angelo Ferretti. Ela fora sua aprendiz quando se mudou para a Itália, lá aprendeu sobre corte, cor e tecido. Foi nessa fábrica em que fez os primeiros protótipos do que seria o wrap dress.


(O wrap dress serviu de base para a estilista  criar outros estilos de vestidos)

Foi encorajada por sua amiga e editora da Vogue, Diana Vreeland, que estava absolutamente encantada, que Diane começou sua jornada solo no mundo da moda. A largada se deu quando a estilista se inscreveu para o Fashion Calendar for New York Fashion Week.


(Carta de Diana Vreeland para Diane, elogiando seus vestidos e oferecendo sua ajuda para qualquer coisa.)


(O wrap dress que conquistou as mulheres)

Dois anos depois de sua chegada a Nova York, em 1974, a estilista belga lançava o wrap dress. Em 1976, já havia sido vendidos mais de um milhao de vestidos wrap, e o Wall Street Journal e o Neewsweek proclamaram Diane como “a mulher mais memorável depois de Coco Chanel”.


(Diane von Fustenberg na capa da Newsweek de 1976)

O vestido wrap deu voz as mulheres. Mostrou a elas que nao precisam se vestir como homens para agir como tais. Podemos ser femininas e poderosas ao mesmo tempo. A princeca (convenhamos, Diane nunca podeu esse posto. Será sempre soberana no mundo da moda) criou uma peça que nos leva da entrevista ao happy hour, da sala de reunioes a um jantar romantico ou para um girls night out (e porque nao?). O wrap dress é simple, nao há zippers nas costas para alcançar e seu tecido jersey é confortável. E nao vamos esquecer das estampas! Diane foi mestre nesse departamente também (obrigada Angelo Ferretti!), criando vestidos simples mas de muita personalidade.


Depois de um tempo for a de cena (entre as décadas de 1980 e 1990), o vestido wrap foi colocado de novo no mercado por Diane em 1997.
Hoje, Diane é pop, atraindo mulheres de todas as idades. O corte simples e a fartura de estampas deixa em evidencia que a estilista entende do gosto feminino e sabe quais sao as nossas necessidades (atuais).


(Amy Adams usando o wrap dress  no filme "A trapaça"- "American Hustle")


(Amy Winehouse)


(Kate Middleton usou o modelo recentemente durante sua visita á Nova Zelândia)


(Olha eu ai! Como já disse, a exposição nao era apenas sobre o wrap dress, também tinha muitos elementos do universo da marca da estilista. Das diversas estampas nas paredes e no chao aos manequins estrategicamente posicionados, o mundo de Diane é quase que palpável naquele ambiente)


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