Charles James e a arte dos vestidos de baile

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Nesse exato momento em Nova York esta acontecendo o evento que toda fashionista, atriz/cantora/celebridade ligada a moda, a nata de Nova York  e eu hahaha mais esperado e badalado, o Met Ball.
O Met Ball acontece anualmente e é um evento beneficente do  Metropolitan Musuem of Art’s Costume Institute. Ele também serve como para celebrar a abertura da nova exposição de moda que o museu irá expor.
Desde 1995 Anna Wintour, a editora chefe toda poderosa da Vogue, é mestre de cerimonia (me corrijam se não for esse o termo) e responsável por determinar quem vai usar quem e quais e, por consequência, quem será convidado. Portanto, se você está na lista de algum dos designers, parabéns, Anna Wintour reconheceu sua existência e te acha relevante o bastante para comparecer ao que poderia ser chamado “O Oscar do mundo da moda”.
Quando falo que poderia ser comparado ao Oscar, é porque os trajes são similares e é em ambos os eventos que os estilistas guardam seus melhores e mais suntuosos modelos. Entretanto, diferente do Oscars, o dresscode de Met Ball muda conforme o tema da exposição que irá ser exibida no museu.


No ano passado, por exemplo, a exposição, chamada Punk: Chaos to Couture, celebrava o Punk e a sua percursora, a estilista britânica Vivienne Westwood. Muitas celebridades vestiram o melhor da moda e tentaram colocar algo de punk em seus looks, seja pelo penteado estilo Moicano (Miley Cyrus aproveitou o seu cabelo pixie para fazer uma versão mais extrema do penteado) ou uma jaqueta toda elaborada cheia de spikes (o que foi o caso da Sienna Miller). Entretanto, muitas pessoas também compareceram apenas vestindo vestidos maravilhosos, embora não remetesse em nada ao punk (como Gwyneth Paltrow, que aliás, criticou o evento ano passado por não gostar de ver muitas pessoas vestindo roupas que lembravam o punk...ahn, querida, você não leu o convite?). Não posso negar que achei sem graça quando vi muitas mulheres usando vestidos de gala que ficariam mais apropriados para um outro evento, afinal, é uma celebração de uma das mais diversas “tribos”  que a moda tem.


Essa ano a exposição, chamada Charles James: Beyond Fashion, celebra o estilista Charles James.
O britânico, nascido em 1906, se tornou conhecido por ser o primeiro estilista em solo americano a trabalhar com a alta costura. Apesar de ser inglês, Charles James fez sua carreira de estilista nos EUA, principalmente na cidade de Nova York.
Mesmo não sendo um dos nomes mais conhecidos no mundo atual da moda, o estilista marcou sua geração , sendo considerado o mestre do corte, das cores comparativas, da dobra e de seus tecidos excepcionais.


Charles James via cada criação sua como uma obra de arte, trabalhando sempre com matérias e tecidos ricos e realizando um acabamento impecável em cada um de seus vestidos. Nas décadas de 1940 e 1950 seus vestidos de baile se tornaram conhecidos por sua elegância e leveza na forma como se moviam. Christian Dior chegou a dar crédito a Charles pelo o “New Look”, que remetia muito a estética do design de James.
 Diferente de muitos estilistas, que a cada temporada de moda criavam diferentes coleções, o estilista trabalhavam constantemente em cima de seus designs originais, ignorando o sempre o calendário da semana de moda.



O estilista sabia que a beleza era etérea e sues vestidos não era tão diferentes daquele que veste o corpo da Vênus de Milo. Ele não criou tendências, mas inventou a beleza, deu novas formas ao corpo feminino e ajudou as mulheres a acharem confiança consigo mesmas através da leveza pura e elegância de seus vestidos. Se não fosse por ele, quem sabe o que seria de Christian Dior, Hupert de Givenchy ou até mesmo de Audrey Hepburn? Por isso, acho que não existe ninguém melhor para ser celebrado do que Charles James, o rei da arte dos vestidos.



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