Rihanna esta para mim assim como Kate Moss estava para você nos anos 1990

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Outro dia me peguei pensando o que realmente me inspira, tanto em termos “fashions” como na vida também. Já cansei de falar aqui que acho a internet hoje ao mesmo tempo fundamental para a troca de informações como também responsável em confundir a mente das pessoas. São tantas informações que recebemos, que não sabemos como devemos nos portar ou que lado devemos escolher. Com quem me identifico? Como devo me colocar no meio online, já que esse parece intervir diretamente na minha vida off-line.
Como já tinha dito em outro post, pessoas com personalidades “originais” chamam a minha atenção, logo, quero saber mais sobre ela. Geralmente quando acho alguém, me identifico por completo com ela. Gosto da forma como se comporta e adoro seu estilo de se vestir fora dos tapetes vermelhos. Elas também fazem eu ter coragem de me expor exatamente como sou, sem ter medo ou vergonha de agir da forma que eu ache certa.


Muitas das pessoas que me inspiram são discretas quantos suas vidas pessoais, não possuem perfis em redes sociais e não parecem se importar em seguir modinhas passageiras. Entretanto, quando estão na mídia, fazem questão de expor suas ideais sobre a nossa sociedade melhor do que muito político que se vê por ai. Claro, isso muitas vezes mostra  apenas consciência de que como figura pública, há mais pessoas lhe dando atenção, então é só saber se você será lembrada por meras frivolidades ou por alguém que lutou por um lugar melhor para se (con)viver. E o que isso mostra? Atitude.
Pensando em inspirações, me pego muitas vezes inclinando para o lado do estilo. Claro, nós julgamos/identificamos com alguém baseados em primeiras impressões, e a roupa é a primeira coisa que vemos em alguém. Porém, de uns tempos para cá, a fórmula para alguém me encantar é estilo+personalidade= pessoa a seguir hahaha. Na maioria das vezes, o que acaba sendo o fator decisivo é a identidade que a pessoa construiu para si. As vezes não adianta nada ter estilo e ser uma pessoa vazia, sabe? O estilo acaba sendo um bônus que vem com a pessoa. Claro, se a moda acaba brilhando tanto que a pessoa, eu chegou a dar três pulinhos de felicidade haha.


O que é o caso com as atrizes Jennifer Lawrence e Emma Stone. Elas são lindas, extremamente talentosas, estilosas e com uma atitude para ninguém colocar defeito. Ambas não mudaram suas identidades para agradar ninguém e não tem medo de se expor, sendo ridícula se for preciso (igual a Marilyn Monroe ou Mae West, por exemplo). São engraçadas quando querem, mas sabem também de seu poder de influencia. Colocam em evidencia assuntos que acham importantes para serem discutidos, tornando-se, dessa forma, a voz indireta de um movimento. Elas realmente parecem ter o pacote completo. Claro, tudo isso através do filtro da mídia.


Porém, há aquelas pessoas que inexplicavelmente são idolatradas por milhares de pessoas, principalmente pela forma como se portam publicamente. Suas atitudes e personalidade são tão, mas tão fortes, que elas podem andar literalmente nuas na rua e todos baterem palmas. É o caso da Rihanna e Kate Moss.  
O que difere Rihanna e Kate Moss ao meu ver, é a idade. Porém, são muito mais parecidas do que muitos pensam.
Já mencionei aqui Kate Moss várias vezes. Por isso penso que, de certa forma ela também exerce seu poder de celebridade sobre mim. Mas por que?
A modelo, que foi descoberta no início da década de 1990, é uma das mais bem sucedidas, famosas e controversas de seu ramo. E não é para menos.



Na década de 1990 Kate estampou a capa de muitas revistas de moda e de fofoca. Entre seu relacionamento com Johnny Deep, baladas até altas horas e desfilar para as melhores marcas do mundo, Kate estava em todo lugar. A fama de modelo de estatura mediana, corpo mignon e com um visual “inovador”  conquistou o mundo da moda, e parecia que mesmo quando errava, todos ficava extasiados.


Uma coisa era certa em Kate, ela não tinha problemas de inibição. Fotografava bem tanto com as mais lindas roupas haute couture como também completamente nua, e mesmo assim, era um dos melhores editorias de moda que já se viu.
Moss dominou os anos 1990. Todas queriam seu estilo grunge (característico da década) e sua atitude. Ela não parecia se preocupar muito com o que os outros pensavam dela e isso apenas estimulava a sua legião de fãs, seguidores e atenção de mídia crescesse.
Kate sempre se diferenciou de outras modelos principalmente por sua estatura, mas foi  a sua ousadia em frente das câmeras o fator decisivo para se tornar uma das queridinhas entre fotógrafos como Mario Testino, estilistas e editores no mundo da moda.


 O seu escândalo com drogas, em meados dos anos 2000, no estúdio de gravação de seu então namorado, Pete Doherty, parece que foi um basta para seus seguidores. Esse acontecimento a trouxe a realidade das “pessoas normais”. Todos viram Kate como uma pessoa humana que também erra.


Como qualquer pessoa que erra, ela é julgada, opinam a respeito de sua vida e depois decidem se há ou não o perdão (como se isso fosse da nossa conta, mas para a mídia é sim). No caso de Kate,  ela foi perdoada, claro que sofreu uma certa “punição” antes. Muitas marcas, que tinha a modelo como garota propaganda, cancelaram contratos com ela e  Kate saiu por um tempo de cena. Entretanto, não muito tempo depois ela  voltou, e com tudo. Já fez uma linha de bolsas para a Longchamp, uma linha de roupas para a Topshop (esse ano ela lançou mais uma!) e voltou a ser o rosto de diversas marcas por ai. Ainda é queridinha de pessoas como Marc Jacobs e Mario Testino e voltou a ser idolatrada por todos.



Enquanto o comportamento “rebelde” de Kate esfriava na metade dos anos 2000, surgia, na mesma época, sua mais provável sucessora.
Uma coisa que precisa se dizer da mídia é que ela é uma caçadora insaciável. Está constantemente a procura de pessoas que são mais vulneráveis a exposição e tem mais facilidade em cair em suas armadilhas.
Quando Kate Moss decidiu dar um rumo melhor para sua vida, se livrar das drogas e baladas, a mídia perdeu o interesse nela. Afinal, buscar seu filho no colégio não gera um grande buzz por ai. Então o que acontece? A caçada começa novamente. E Rihanna, aos poucos, se tornou o alvo perfeito.
A cantora de Barbados teve um início morno no meio musical. Cantava baladas pop que eram boas para dançar porém não era músicas sensacionais. Ninguém estava muito interessado nela e, até aquele momento, se misturava no meio da multidão. A sua falta de brilho se dava muito por causa de seu estilo. Ele era genérico, seguia a linha de muitas outras artistas do mesmo ramo de Rihana, faltava ousadia e não tinha o selo de aprovação e “Beyonce”, se é que vocês me entendem.


Em 2007 a cantora assinou um contrato com a gravadora de Jay-Z e tornou-se sua nova “protetora”. Além do lançamento de um novo álbum, Rihanna ainda teve seu estilo “polido”. Seu guarda roupa foi editado e o fator “street” não foi tirado de sua imagem, apenas ganhou mais brilho. Seu cabelo ganhou um corte moderno e uma tonalidade mais escura. Resumindo, a gravadora decidiu “enriquecer” o visual de Rihanna para ganhar mais seguidores, mas nao havia nenhuma contribuição pessoal da cantora a essa sua nova imagem. Pelo menos até aquele momento.


Dois anos depois, a vida pública da cantora virou de cabeça para baixo. Após uma festa pré-Grammy, Rihanna apanhou de seu então namorado, Chris Brown.
Não demorou muito para que a internet se enchesse de fotos dela toda machucada. Ao mesmo tempo, explodiram milhões de comentários na web em suporte de Rihanna e claro, contra o cantor. Quando o assunto se trata de violência doméstica, nunca há muito o que se discutir. A única solução para isso é punição para o agressor e o julgamento da justiça e da sociedade, e esse é o pior.
Chris Bown pagou (e ainda paga) pelo o que fez com a sua namorada. O julgamento da mídia em relação a ele foi o mais pesado. São pouco aqueles que se atrevem a ficar ao seu lado, com medo de ter sua própria imagem manchada. O mais interessante, entretanto, foi o que aconteceu com a imagem da própria Rihanna na mídia.


Depois de um tempo fora dos holofotes, Rihanna voltou a circular entre os tapetes vermelhos. Mas algo estava muito diferente nela. Ao invés de agir como uma dama indefesa, a cantora voltou poderosa, pelo menos, era essa mensagem que o seu novo estilo passava.
Ela mudou o seu corte de cabelo, tingiu das mais diferentes cores e passou a usar uma moda que era toda sua. Sua atitude berrava confiança e liberdade e parecia ser a única responsável pelo suas escolhas pessoais. A nova Rihanna não dava satisfações a ninguém e parecia ter aprendido a lidar com a mídia. Ela acabou virando uma inspiração para muitos outras pessoas.


Em termos de moda, Rihanna se transformou em uma trendsetter. Usa o que quer e fica fantástica mesmo quando deixa um pouco mais do que deveria a mostra. Virou queridinha de inúmeros designer de moda e hoje tem aparecido na mídia muito devido a sua fama de baladeira. Mesmo assim, isso não abala sua legião de fãs, que só aumenta.
Para mim Rihanna hoje lembra muito a Kate Moss dos anos 1990 e inícios dos 2000. Rebelde, confiante e idolatrada por todos, ambas se destacaram dos demais graças as suas atitudes fora do convencional e independência  exagerada.


Elas inspiram muitos primeiramente por seu estilo, que é único quando colocados em seus corpos. Porém, o que realmente coloca as em evidencia é a sua relevância no mundo “real”. Ambas passaram por problemas “humanos” e foram julgadas como muitas outras pessoas são. Seus problemas e fraquezas fazem- nas de carne e osso, e isso inspira os outros a também mudar suas vidas, já que acharam alguém –famoso- com o qual se identifica.
Quando penso em mim e no que me inspira, consigo me colocar no lugar dessas pessoas. É engraçado, mas não entendo o porque dessas suas gerarem algo em mim. Kate Moss, mesmo sabendo de seu passado e que não serve, dependendo do assunto, de exemplo, ainda a considero uma pessoa cativante, segura de si e com um estilo que pode facilmente se encaixar em qualquer década (bom, pelo menos a partir dos anos 1990, mas vocês me entenderam).


Enquanto a Rihanna, confesso que gosto de algumas de suas músicas, mas não sou fã de seu estilo. Entretanto, não posso negar que acho ele único, criativo e cheio de atitude. Talvez o motivo que me leva a ter um certo julgamento (viu, até eu julgo!) em relação a cantora é porque tudo o que ela faz parace fazer sentido. Mesmo as suas roupas, por mais que não sejam algo que me agrade, elas ficam perfeitas na cantora, e isso é o principal.


Kate Moss e Rihanna nao tem inibições. Elas não tem vergonhas de seus corpos e estão mais que dispostas em tirar fotos nuas.  Elas vão contra uma sociedade que mesmo hoje tem certa vergonha em discutir assuntos controversos e fazem o que bem entendem.

Elas inspiram as pessoas a serem elas mesmas e fazer o que elas acham que é bom para sua vida, sem o filtro de nenhum intrometido.


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