E que venha mais do mesmo!

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Esse post esta e não esta relacionado com moda (nao se preocupem, vocês vao entender!). Vim aqui fazer algo que nunca (sim, nunca) fiz: um balanço do meu ano. Desde que as redes sociais (hello Facebook) caíram no gosto popular, as pessoas acreditam que precisam dividir tudo o que esta acontecendo em suas vidas, desde as coisas mais insignificantes de seu dia a dia até seus pensamentos mais ocultos. Eu sempre usei o face para dividir apenas o que gosto e o que acho interessante. Acho que nunca me expus de uma forma mais intima nesse espaço, sempre achei desnecessário, quem me conhece sabem quem eu sou. Mas sei lá, ultimamente me sinto diferente, e eu tenho quase certeza que tem muito a ver com o que vivenciei nesse ano que esta para acabar.
Não vou ficar aqui de mimimi porque acho que ninguém gosta de ver as pessoas só reclamando (eu, pelo menos.) e não falar em pelo menos UMA coisa boa. Além do mais, passei a minha vida inteira assim, RECLAMANDO, mas sem nunca fazer nada para mudar a minha condição atual de estado.
Esse ano, eu me mexi. Fui para Londres, estudar durante um mês (sonho da minha vida) visual merchandising no Istituto Marangoni. Já havia estado várias vezes lá, mas sozinha, SEM NINGUÉM ao meu lado foi novidade, não só naquela situação, mas como na minha vida. Imagina, eu como quase 21 anos na cara e nunca tinha feito nada por mim. Escrevendo isso agora eu vejo como eu tinha vergonha de colocar palavras nessa minha dependência com o conforto. Pois bem, para resumir a história, quando cheguei em Londres, percebo que estava sozinha. O que eu fiz? CONGELEI (literalmente, cheguei durante um inverno rigoroso). Me vi pela primeira vez sozinha  e não sabia o que fazer. Só posso dizer que foi muito difícil, queria voltar na mesma hora e só pensava que queria minha mãe (podem sentir vergonha alheia por mim haha), mas, como podem ver, sobrevivi. Sim, essa foi a palavra que eu levei durante todo o ano: SOBREVIVI.
Dessa minha experiência, o que tirei, além da superação, foi o arrependimento. Pensar que eu fiz de tudo para sobreviver,  me fez perceber que eu nao VIVI. Comemos para sobreviver, isso é obvio. Entretanto, para viver, o que precisamos alimentar é a nossa alma como sonhos e desejos a se realizar. É assim que vivemos, correndo atrás do impossível para realizar nossos sonhos. Como eu disse no início, não vim aqui apenas para reclamar. Aprendi muito sobre mim e do que sou capaz.  Percebi que consigo me virar sozinha e que sou capaz de passar por obstáculos que eu pensava que eu não era capaz de enfrentar.  
Esse ano encerra um ciclo para mim. Me formo em Publicidade e Propaganda em Janeiro. Acho que é certo afirmar que realmente estou me tornando uma adulta, e isso me assusta. Todos temos medos, somos humanos. Mas, para mim, sinto que os meus medos me dominam, me tornam sua prisioneira. A moda sempre foi algo com a qual eu me relacionei e em muitas ocasiões me salvou de mim mesma, ajudando a definir que eu sou.
Em 2014 ainda não sei para onde vou e o que eu vou fazer. Tenho muito a definir ainda, mas uma coisa é certa: a moda estará presente mais uma vez nesse ano e eu irei VIVER. Sim, vou atrás dos meus sonhos e não vou deixar os meus medos me dominarem. Quero muito voltar a Londres, sinto que tenho que terminar algo que eu comecei mas deixei inacabado. Esse ano vou sair da minha zona de conforto, vou VIVER.


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